Primeiro carro elétrico comercial do Brasil pode ser produzido em Limoeiro do Norte
O pesquisador e engenheiro Elifas Gurgel apresentou na última terça-feira(03), em Fortaleza, o primeiro protótipo de carro 100% elétrico nacional a ser comercializado no País. Apenas o preço dos componentes elétricos pesquisados para este modelo experimental, um veículo Gol G4/ 2009, foi orçado em R$ 60 mil e prevê uma economia de emissão de gás carbônico de 160 kg por 1 mil km rodado.
Após conversas informais, desde o ano passado, com os ministros Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Guido Mantega, da Fazenda, além de técnicos da equipe econômica do governo federal, ele antecipou ao Portal IG que deverá propor, dentro de três meses, um modelo de negócios final para que o carro elétrico brasileiro seja fabricado inicialmente na região do semi-árido nordestino.
Segundo o engenheiro, que tem parentesco com o histórico empresário João Gurgel, já existem conversas avançadas para a fabricação do carro elétrico no município cearense de Limoeiro do Norte, distante cerca de 200 km da capital e situado num pólo industrial do estado.
Gurgel explica que ainda precisa ser firmado um incentivo finaceiro com o governo do Ceará, cujo governador Cid Gomes teria se prontificado a estimular a produção das 100 primeiras unidades do carro elétrico em seu estado.
O projeto do carro elétrico desenvolvido por Gurgel e denominado de Poraquê foi financiado com uma linha de crédito de fomento à tecnologia do Banco do Nordeste (BNB), de R$ 58 mil. Os detalhes técnicos do carro, além do próprio funcionamento do mesmo, foram apresentadas na sede do BNB, em Fortaleza (CE), na companhia do presidente do banco, Roberto Smith.
No fim do ano passado, Gurgel também apresentou o projeto de carro elétrico ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ligado à Presidência e Casa Civil, aos ministérios do Planejamento e Meio ambiente e empresas. O engenheiro vem pesquisando esse modelo há quatro anos.
Fonte: Coluna Guilherme Barros no IG
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